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domingo, 24 de maio de 2020

Ministério da Saúde diz que assinou acordo com o governo de Goiás para colocar o 1º hospital de campanha em funcionamento



Ministério da Saúde diz que assinou acordo com o governo de Goiás para colocar o 1º hospital de campanha em funcionamento

Unidade localizada em Águas Lindas é destinada exclusivamente para atender pacientes com coronavírus. Estrutura está pronta há 30 dias, mas não foi entregue.


Por Rafael Oliveira, G1 GO



Interior do hospital de campanha de Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação Ministério da Infraestrutura/Alberto Ruy



O Hospital de Campanha de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, destinado exclusivamente para atender pessoas com coronavírus, teve a administração transferida para o governo de Goiás nesta sexta-feira (22). O Ministério da Saúde (MS) informou ao G1, por meio de nota, que assinou o acordo de cooperação para o estado colocar a estrutura já construída em funcionamento em até 15 dias. A obra foi custeada pelo governo federal.


A reportagem pediu, por e-mail, às 16h deste sábado (23), um posicionamento à Secretaria Estadual de Saúde para saber se há previsão de quando a unidade começará a operar e aguarda resposta.


A estrutura já está pronta desde 23 de abril, mas faltava o ministério terminar ajustes e transferir a administração do hospital para o governo. A estrutura foi entregue sem nenhuma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas o órgão informou que os 200 leitos instalados são adaptáveis para unidades de tratamento semi-intensivas.


Em 12 de abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que houve desencontro nas informações anunciadas pelo governo federal no início da construção para o que foi comunicado posteriormente.


"O governo federal nos entregaria 40 leitos de UTI com monitores e respiradores, e 160 leitos de enfermaria com toda a tubulação montada. Mas a última informação é que vão entregar os 200, mas o único ponto que vão poder sustentar é a canalização de oxigênio", disse Caiado, à época.



A Organização Social (OS) que deve fazer a administração da unidade de saúde já foi até selecionada, conforme anúncio do governador.


De acordo com o MS, o objetivo é ampliar a oferta de leitos e melhorar a estrutura de atendimento à população enquanto houver necessidade em virtude da ampliação da demanda por conta da pandemia por coronavírus. Assim, o hospital vai complementar os sistemas de saúde de Goiás e do Distrito Federal.

Ronaldo Caiado (DEM) compartilha álcool em gel com presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Águas Lindas de Goiás — Foto: Reprodução/Júnior Guimarães


Obra de R$ 10 milhões


A construção do Hospital de Campanha começou no dia 7 de abril e foi concluída no dia 23 do mesmo mês. À época em que o hospital foi anunciado, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a obra custaria R$ 10 milhões.


O Ministério da Infraestrutura foi o responsável pela contratação da equipe mobilizada e pela manutenção durante quatro meses. O terreno usado foi terraplanado pela Prefeitura de Águas Lindas de Goiás e conta com instalações de gás, água, energia e esgoto.


Segundo o governo federal, foram feitas as estruturas principal e anexa da unidade. Elas são formadas por 200 leitos e áreas para refeitório e alojamento dos profissionais de Saúde.


Ainda de acordo com o governo, o hospital foi entregue com a estrutura de lonas, piso, divisórias e mobília das tendas de apoio.


O governo federal foi responsável por todo o custeio da unidade. A parte de operação, oferta de maquinário, insumos e recursos humanos fica com o governo de Goiás.


Nota do Ministério da Saúde


O Ministério da Saúde e o Governo do Estado de Goiás assinaram hoje (22/05) acordo de cooperação para o início do funcionamento do primeiro Hospital de Campanha do país construído pelo Governo Federal. Localizado em Águas Lindas de Goiás (GO), no entorno de Brasília (DF), o hospital contará com 200 leitos adaptáveis para unidades de tratamento semi-intensivas, exclusivamente para o atendimento a pacientes infectados por COVID-19. Agora, o Governo do Estado de Goiás deve iniciar o funcionamento da unidade em até 15 dias.


O objetivo é ampliar a oferta de leitos e melhorar a estrutura de atendimento à população enquanto houver necessidade em virtude da ampliação da demanda por conta da pandemia por coronavírus. Assim, o hospital vai complementar os sistemas de saúde de Goiás e do Distrito Federal.

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